Agência ANSA
Um casal de cristãos foi queimado vivo por centenas de muçulmanos provenientes de cinco vilas ao sul de Lahore, na província de Punjab, no Paquistão.
Eles foram acusados de "cometerem blasfêmia" por terem queimado páginas do Corão. Segundo a agência católica Fides, Shehzad, 26 anos, e Shama, 24, trabalhavam em uma fábrica de argila. Eles foram sequestrados e mantidos em cativeiro por dois dias, no interior da própria fábrica. Após esse período, eles foram jogados dentro dos fornos que cozinham os tijolos. O advogado dos familiares do casal explicou que tudo ocorreu após a morte do pai de Shehzad. A esposa teria ido à casa do falecido, feito uma limpeza nos objetos pessoais dele e teria jogado fora folhas, cartas e outros objetos. Um homem muçulmano que viu a cena disse que as páginas que ela jogou fora eram do Corão. A polícia paquistanesa prendeu 44 suspeitos da morte bárbara dos jovens e outras 460 foram denunciadas por participar e assistir ao crime, informou o Express News. O governador de Punjab, Shehbaz Sharif, também decidiu criar uma comissão de investigação para acelerar os trabalhos. Ele ainda reforçou a segurança nos quarteirões onde vive a minoria cristã, que é muito perseguida no país muçulmano.
O Partido Popular Paquistanês, que faz oposição ao governo, condenou fortemente o crime "horrível" e pediu que tudo seja "esclarecido" rapidamente. (ANSA)
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Eles foram acusados de "cometerem blasfêmia" por terem queimado páginas do Corão. Segundo a agência católica Fides, Shehzad, 26 anos, e Shama, 24, trabalhavam em uma fábrica de argila. Eles foram sequestrados e mantidos em cativeiro por dois dias, no interior da própria fábrica. Após esse período, eles foram jogados dentro dos fornos que cozinham os tijolos. O advogado dos familiares do casal explicou que tudo ocorreu após a morte do pai de Shehzad. A esposa teria ido à casa do falecido, feito uma limpeza nos objetos pessoais dele e teria jogado fora folhas, cartas e outros objetos. Um homem muçulmano que viu a cena disse que as páginas que ela jogou fora eram do Corão. A polícia paquistanesa prendeu 44 suspeitos da morte bárbara dos jovens e outras 460 foram denunciadas por participar e assistir ao crime, informou o Express News. O governador de Punjab, Shehbaz Sharif, também decidiu criar uma comissão de investigação para acelerar os trabalhos. Ele ainda reforçou a segurança nos quarteirões onde vive a minoria cristã, que é muito perseguida no país muçulmano.
O Partido Popular Paquistanês, que faz oposição ao governo, condenou fortemente o crime "horrível" e pediu que tudo seja "esclarecido" rapidamente. (ANSA)
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