Facebook pagará R$ 47 milhões nos EUA por usar "curtidas" em anúncios

A Empresa teria lucrado mais de R$ 550 milhões com histórias patrocinadas, modalidade de anúncio que mostra "likes" de usuários em páginas de marcas

Facebook, de Mark Zuckerberg, é responsabilizado na
Justiça dos EUA por abusos em "Histórias patrocinadas"
Getty Images -
SAN FRANCISCO - Um juiz norte-americano concedeu nesta segunda-feira (26) aprovação final para um acordo de US$ 20 milhões a ser pago pelo Facebook em um processo sobre publicidade, apesar de críticos afirmarem que o acordo não protege a privacidade de crianças usuárias da rede social.

Cinco pessoas entraram com uma ação contra o Facebook em 2011, afirmando que o programa da rede social "Histórias Patrocinadas" informava os amigos dos usuários quando estes utilizavam a opção "curtir" para determinadas marcas sem pagá-los ou permitir que eles desabilitassem esse mecanismo.

As "Histórias Patrocinadas" são anúncios que aparecem na página de notícias dos usuários do Facebook e normalmente estão ligados ao nome e à foto do perfil de um dos amigos, que "curte" a marca.

O caso levantou preocupações sobre privacidade e a forma como o Facebook monetiza conteúdo dos usuários.

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Sob os termos do acordo, o Facebook pagará US$ 20 milhões (cerca de R$ 47 milhões) para compensar os demandantes, e prometeu dar aos usuários mais controle sobre como seu conteúdo é compartilhado - mudanças que os advogados dos demandantes avaliam em 145 milhões de dólares.

O Facebook cobrou dos anunciantes aproximadamente US$ 234 milhões (cerca de R$ 556 milhões) pelas "Histórias Patrocinadas" entre janeiro de 2011 e agosto de 2012, afirmam dados do processo.

Advogados de defesa dos direitos das crianças argumentaram que nenhum menor pode ter seu conteúdo compartilhado com anunciantes. Mas na decisão desta segunda-feira, o juiz do distrito de São Francisco Richard Seeborg escreveu que o acordo, "apesar de não incorporar todas as funções que alguns dos opositores prefeririam, possui valor significativo".

Representantes do Facebook e dos demandantes não foram encontrados para comentar o caso.

Redação: IG