Pesquisas de universitário amazonenses podem ajudar na cura para tuberculose

blog do Pávulo

Até 71 mil novos casos de tuberculose são registrados por ano, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS). Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, a doença leva à morte cerca de 4,6 mil pessoas anualmente. Na tentativa de combater a bactéria antes que ela afete os humanos, o estudantes de Farmácia do Centro Universitário do Norte (Uninorte), em Manaus, Pedro Oliveira da Silva Neto, identificou que a aplicação de testes de sensibilidade é capaz de detectar a resistência das bactérias às drogas tuberculostáticas.
“Identificando a resistência, podemos produzir drogas mais eficazes e aplicá-las diretamente nas cepas da Mycobacterium tuberculosis antes que elas afetem os humanos”, esclareceu o jovem pesquisador. O estudo foi realizado no período de agosto de 2011 a julho de 2012 com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Iniciação Científica.
Neto informou que foram identificadas 232 cepas de Mycobacterium tuberculosis na Fundação de Medicina Tropical, em Manaus, local onde realizou os testes. Do total, 44 foram submetidas a testes de sensibilidade
pelo método das proporções, chamado também de Ogawa Kudoh (OK).
“Das 44 cepas isoladas, 19 a todas as drogas testadas e as outras eram sensíveis a algum tipo de droga”, disse. Entre as cepas resistentes a uma única droga tuberlostáticas, cinco resistiram ao etambutol; três a isoniazida; e seis à estreptomicina. O pesquisador também observou duas cepas resistentes à isoniazida e rifampicina; uma apresentou resistência a isoniazida, rifampicina e estreptomicina e em quatro cepas foi identificada resistência à associação de isoniazina, rifampicina, estreptomicina e etambutol. “Identificamos a resistência e a partir disso podemos readequar os métodos de combate à doença”, completou.
Doença
O MS define a tuberculose pulmonar como uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta os pulmões. A transmissão é direta, de pessoa para pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o.
Os sintomas mais frequentemente da doença são tosse seca e contínua com a presença de secreção por mais de quatro semanas. A tosse é acompanhada de cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.