MG: Mais três policiais são presos por envolvimento com mortes

O TEMPO ONLINE
Antonio Anastasia esteve ontem com familiares das vítimas em Ipatinga
Núcleo. Cinco dos seis agentes presos
até o momento atuavam na
1ª Delegacia Regional de Ipatinga
FOTO: RODRIGO LIMA

Mais dois policiais civis e um militar foram presos ontem em decorrência das investigações realizadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte (DHPP) na região do Vale do Aço. Dois agentes seriam lotados na 1ª Delegacia Regional de Ipatinga, onde outros três foram detidos - sendo que um deles já foi solto. Um soldado da Polícia Militar (PM) também foi preso em Lavras, no Sul de Minas.

O chefe de Polícia Civil no Estado, Cylton Brandão, afirmou não poder dar detalhes dos suspeitos, mas garantiu que a elucidação dos crimes está próxima. "O caminho não será longo, mas eu não posso precisar quando será. Logo, vamos chegar aonde precisamos", disse. Desde a última semana, uma força-tarefa da polícia apura 14 crimes cometidos na região do Vale do Aço, além das mortes do jornalista Rodrigo Neto, no dia 8 de março, e do fotógrafo Walgney Carvalho, no dia 14 deste mês.

 Os agentes detidos podem estar envolvidos tanto nos assassinatos dos jornalistas quanto nos outros casos investigados em Ipatinga e na região.

O chefe do DHPP, delegado Wagner Pinto, afirmou que o militar será encaminhado para a capital. Nenhum representante do comando da PM foi encontrado para falar quando ele chegará à cidade.

O soldado seria responsável pelos "Crimes da Moto Verde" - uma série de homicídios praticados em Ipatinga entre os anos de 2007 e 2008. Apesar de responder a quatro processos e já ter sido classificado como um indivíduo de alta periculosidade, o militar acabou transferido para Lavras em 2009.


Governador. Em visita a Ipatinga na tarde de ontem, o governador Anastasia se reuniu por cerca de 15 minutos com a viúva de Rodrigo Neto e com a irmã de Walgney Carvalho. Membros do Comitê Rodrigo Neto não participaram do encontro.

Ele destacou conhecer os crimes cometidos na região e disse já ter pedido empenho dos comandos das polícias Civil e Militar e da Secretaria de Estado de Defesa Social. Os parentes das vítimas não atenderam às ligações.