AC 24HORAS
Uma rachadura que apareceu neste domingo (21), na rua 1o de Maio, no bairro Seis de Agosto ameaça desabrigar pelo menos 10 famílias. De acordo com informações de moradores, o problema teria começado desde o início das obras da Quarta Ponte. A situação começou a se agravar na semana passada, quando parte de um terreno foi levada por um desmoronamento.
Segundo Regilene do Amaral Melo, que reside no local há sete anos, “desde que foram iniciadas as obras da Quarta Ponte, começaram a surgir os primeiros problemas. Na semana passada teve um desmoronamento que levou parte de um terreno, e uma fenda apareceu na rua. Hoje de manhã uma rachadura bem maior se abriu e chamamos o Corpo de Bombeiros que condenou o local”, enfatiza.
Regilene do Amaral informou ainda, que representantes da Defesa Civil estiveram no local, “o problema é que não estão dando uma solução. A Defesa Civil notificou para desculparmos as casas, mas não deram alternativas para os moradores. Eles estão dizendo que as pessoas têm que sair, que eles vão derrubar as
casas, mas não ofereceram nada aos moradores”, denuncia.
Os moradores dizem que pagaram IPTU até 2008. “As 10 famílias que estão na área de risco e precisam de uma solução. A Defesa Civil identificou as casas ameaçadas, mas acreditamos que estão ser armando contra os moradores que estão resistindo a sair sem que um novo local seja oferecido para eles morar. Colocaram as placas e fotografaram na tentativa de se eximir de responsabilidades”, diz Regilene do Amaral.
Um grupo de populares informou que a negociação estaria acontecendo de forma individual. Para alguns foi oferecido aluguel social por tempo indeterminado, para outros ofereceram de dois a três meses de aluguel. O local teria passado por obras de saneamento e pavimentação. Os moradores acreditam que o serviço teria sido feito no local na tentativa de esconder o problema.
“Vão pagar apenas dois meses de aluguel. E o resto, vai ficar por minha conta? Eles me notificaram que eu estava em área de risco e pediram para assinar um papel, duas ou três horas depois ligaram dizendo que vão pagar o valor de R$ 450 por dois meses. Vou ter que começar do zero, perder o que eu tenho? Espero receber o aluguel social até me darem uma casa”, diz Francisca da silva Feitosa, que reside na rua 1o de Maio, com o esposo e três filhos.
Os desabrigados reivindicam entrarem no cadastro de beneficiados pela Cidade do Povo, que está sendo construído pelo Governo do Acre. Eles reivindicam ainda, o pagamento de aluguel social até que novas casas sejam entregues para as famílias atingidas pelos desmoronamentos. “O que não podemos é sair de dentro do que é nosso para ficar na rua, por causa das obras de uma ponte”, protesta Francisca da Silva.
Procurado pela reportagem, o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) esclareceu que todas as famílias receberão atendimento integral pela prefeitura da capital. Na questão do aluguel social, o gestor disse sua equipe está analisando caso a caso. “Não faz sentido as informações dos moradores. Nós vamos dar assistência a todos. Estamos avaliando a situação das famílias e as providências serão tomadas para garantir que todos sejam beneficiados”, destaca.
Segundo o prefeito petista, a prioridade da Cidade do Povo é garantir uma moradia segura para os moradores das áreas de risco. “Estas pessoas poderão ser cadastradas para receber uma casa na Cidade do Povo, afinal, este empreendimento está sendo concebido prioritariamente para atender famílias que residem em áreas de risco. Vamos analisar a situação de cada uma das famílias e chegar a um solução para esta questão”, finaliza.
Ray Melo, da redação de ac24horas
Fotos: Willamis França
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Uma rachadura que apareceu neste domingo (21), na rua 1o de Maio, no bairro Seis de Agosto ameaça desabrigar pelo menos 10 famílias. De acordo com informações de moradores, o problema teria começado desde o início das obras da Quarta Ponte. A situação começou a se agravar na semana passada, quando parte de um terreno foi levada por um desmoronamento.
Segundo Regilene do Amaral Melo, que reside no local há sete anos, “desde que foram iniciadas as obras da Quarta Ponte, começaram a surgir os primeiros problemas. Na semana passada teve um desmoronamento que levou parte de um terreno, e uma fenda apareceu na rua. Hoje de manhã uma rachadura bem maior se abriu e chamamos o Corpo de Bombeiros que condenou o local”, enfatiza.
Regilene do Amaral informou ainda, que representantes da Defesa Civil estiveram no local, “o problema é que não estão dando uma solução. A Defesa Civil notificou para desculparmos as casas, mas não deram alternativas para os moradores. Eles estão dizendo que as pessoas têm que sair, que eles vão derrubar as
casas, mas não ofereceram nada aos moradores”, denuncia.
Moradores denunciam que teria sido oferecido apenas dois meses de aluguel social |
Os moradores dizem que pagaram IPTU até 2008. “As 10 famílias que estão na área de risco e precisam de uma solução. A Defesa Civil identificou as casas ameaçadas, mas acreditamos que estão ser armando contra os moradores que estão resistindo a sair sem que um novo local seja oferecido para eles morar. Colocaram as placas e fotografaram na tentativa de se eximir de responsabilidades”, diz Regilene do Amaral.
Um grupo de populares informou que a negociação estaria acontecendo de forma individual. Para alguns foi oferecido aluguel social por tempo indeterminado, para outros ofereceram de dois a três meses de aluguel. O local teria passado por obras de saneamento e pavimentação. Os moradores acreditam que o serviço teria sido feito no local na tentativa de esconder o problema.
“Vão pagar apenas dois meses de aluguel. E o resto, vai ficar por minha conta? Eles me notificaram que eu estava em área de risco e pediram para assinar um papel, duas ou três horas depois ligaram dizendo que vão pagar o valor de R$ 450 por dois meses. Vou ter que começar do zero, perder o que eu tenho? Espero receber o aluguel social até me darem uma casa”, diz Francisca da silva Feitosa, que reside na rua 1o de Maio, com o esposo e três filhos.
Os desabrigados reivindicam entrarem no cadastro de beneficiados pela Cidade do Povo, que está sendo construído pelo Governo do Acre. Eles reivindicam ainda, o pagamento de aluguel social até que novas casas sejam entregues para as famílias atingidas pelos desmoronamentos. “O que não podemos é sair de dentro do que é nosso para ficar na rua, por causa das obras de uma ponte”, protesta Francisca da Silva.
Procurado pela reportagem, o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT) esclareceu que todas as famílias receberão atendimento integral pela prefeitura da capital. Na questão do aluguel social, o gestor disse sua equipe está analisando caso a caso. “Não faz sentido as informações dos moradores. Nós vamos dar assistência a todos. Estamos avaliando a situação das famílias e as providências serão tomadas para garantir que todos sejam beneficiados”, destaca.
Segundo o prefeito petista, a prioridade da Cidade do Povo é garantir uma moradia segura para os moradores das áreas de risco. “Estas pessoas poderão ser cadastradas para receber uma casa na Cidade do Povo, afinal, este empreendimento está sendo concebido prioritariamente para atender famílias que residem em áreas de risco. Vamos analisar a situação de cada uma das famílias e chegar a um solução para esta questão”, finaliza.
A rachadura teria aparecido na manhã de domingo, segundo moradores |